Relatório

Cruzar olhares. Graça. Cruzar mãos. Olhar-te. Cruzar pés com pés debaixo dos cobertores. Tocar na pele. Sentir. Sentir que gosta dele. Alfama. Sentir que gosta muito dele. Sentir que gosta demasiado. Sentir que quer acalmar o coração para ele não saltar. Para isto não acabar. Canon. Vontade de controlar o Tempo. Sentir que não quer o fim. Saber que há sempre um fim. Moscatel. Respirar fundo. Abraço. Sentir que pode ser feliz. Muito Feliz. Sentir que temos tempo………

Rita in "Lugar dos Devaneios"

Não vale a pena voltares atrás.
O Tempo parou onde querias. Resta a tua tentativa… Mas não te esforçes porque só vais ver a minha sombra para lá da porta. E não vale a pena usar palavras para falar de ti. Eu sou eu desde que te vi. Eu sou ainda mais eu desde que o Tempo te levou. E não vale a pena usar mais palavras.

Rita in Lugar dos Devaneios

"Foi lua cheia, foi Mondego, foi sol, foi pôr do sol, foram velas, foi Norberto, foste tu... mil vezes tu e o teu olhar e as tuas mãos!"

Rita

Fui porque...

Fui porque não estou à rasca, mas já estive e provavelmente voltarei a estar. Fui porque a minha consciência não ia deixar-me ficar no sofá a ver tudo pela televisão. Fui porque queria fazer parte de uma vontade colectiva. Fui porque quis ver gente igual a mim e gente diferente com outras razões para estar ali. Fui, não em protesto ao governo, mas para mostrar que faço parte de uma geração que tem vontade de mudar. Temos vontade de mostrar o que valemos e que amamos este país. Fui por mim, pelo meu futuro.
E entretanto o Japão moveu-se 2,5m…

No metro a Rita viu e pensou…

Homem estranho, agarra a minha mão e leva-me a dançar um tango. Diz assim, junto ao meu ouvido, que queres fazer de mim a tua mulher… diz-me isso e eu irei.
Dançaremos a vida tal como ela é.
Serei tua, nesse tango. E quando a dança terminar, já não serás um estranho. Saberei já tudo de ti, mas mesmo assim, continuarei a dançar contigo porque o amor é mesmo isso: saber que há sempre mais e mais para descobrir, mesmo que os passos da dança sejam os de sempre, repetidamente… repetidamente.


Rita in Lugar dos Devaneios

No Dia dos Namorados a Rita disse...

"Mas não me peças nada de novo... Não me peças as minhas mãos, o meu olhar e o meu corpo. Estão vazios para ti."

Rita

- Sim estou a ver - diz Jean-Marc, encantado.-É a própria vida a planar sobre Hiroxima na pessoa de um little boy que larga sobre as ruínas a urina de oiro da esperança. Assim se inaugurou a era do pós-guerra. - Pega no copo: - Brindemos!

in Identidade de Milan Kundera

Espaço no meu tempo.

"E daqui não tiro nada, apenas a vontade de ser eu própria dentro do meu espaço e do meu tempo.
Somos cruéis quando temos que ser, somos assim como uma Antigona em acto de desespero, que apenas pede a compreensão pelos seus próprios actos."

Rita